"Tenho horror à mulher perfeitinha. Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece garota-propaganda de processo de clareamento dentário? E, só pra piorar, tem a bunda dura!!!
Pois então, mulheres assim são um porre. Pior: são brochantes. Sou louco?
Então tá, mas posso provar a minha tese. Quer ver?
a) Escova toda manhã: A fulana acorda as seis da matina pra deixar o cabelo parecido com o da Sabrina Sato. Perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar-se no padrão ’Alisabel’, que é legal… Burra.
b) Na moda: Estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da Elle do mês. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS! O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar desarrumada nem enquanto estiver transando.
c) Sorriso incessante: Ela mora na vila dos Smurfs? Tá fazendo treinamento pra Hebe? Sou antipático com orgulho, só sorrio para quem provoca meu sorriso. Não gostou? Problema seu. Isso se chama autenticidade, meu caro. Coisa que, pra perfeitinha, não existe. Aliás, ela nem sabe o que a palavra significa… Coitada.
d) Bunda dura: As muito gostosas são muito chatas. Pra manter aquele corpão, comem alface e tomam isotônico, portanto não vão acompanhá-lo nos pasteizinhos nem na porção de bolinho de arroz do sabadão. Bebida dá barriga e ela tem H-O-R-R-O-R a qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba onde começa a pornografia: nada de tomar um bom vinho com você. Cerveja? Esquece!
Portanto:
É melhor vc ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja,gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica , faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps.
Legal mesmo é mulher de verdade.
E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa.
Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira.
Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí?
Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!
E não se esqueça….
*Mulher bonita demais e melancia grande, ninguém come sozinho.* " -------> Discordo em partes dessa frase, rs!
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By Monika - Mulher imperteita:
Bom, eu faço orgulhosamente parte dessa galera imperfeitinha aí. Mas isso tb é novo! Explico:
Dentro dos padrões da sociedade, tive bastante sorte, fisicamente falando. Já adolescente meu corpo desenvolveu muito bem, obrigada. Curvas perfeitas, cinturinha tão fina que não cabia cinto, pernas grossas e roliças, bunda grande e redonda. Celulite? Não sabia o que era.
Minhas "amigas" tinham inveja e colocavam muitos defeitos. Tudo bem, vai, eu colaborava. Era muito chatinha. Mas, não por "me achar". Pelo contrário, eu de-tes-ta-va ter essse 'corpinho lindo'.
Eu era a cdf, tirava as melhores notas, escrevia muito bem pra minha idade e ainda era bravinha, ou seja: insuportável! Bom, chata e brava eu sou até hoje. E some a isso os estresses da vida que vêm se acumulando até os 32 anos. Mas detestava ter corpão porque, fatalmente, as pessoas se aproximavam de mim por isso, visando coisas que não eram minha prioridade. Eu queria que me curtisem pelo meu interior e bla bla bla... Um pouco mais velha e mais vaidosa comecei a gostar de ser observada, paquerada.
Daí vim pra São Paulo e, coincidência ou não, pulei em poucos anos dos 52 para os 68 kg. Sofria (levemente) gradativamente à medida que engordava. E amadureci. Muito.
Pensei em fazer dieta, academia, macumba... Mas nada disso era costume meu e não consegui.
Hoje estou (muito) tranquila. Desencanei total.
Não estou aqui dizendo que todo mundo tem que parar de se cuidar, que se vestir de qualquer jeito, ou que apenas as mulheres "gordinhas" são de verdade. Conheço muita gente com seu corpinho perfeito por uma boa genética (como eu era) e que fazem tudo o que as deixam felizes.
E nisso minha opinião "casa" com a ideia da Ailin: Fazer o que curte, se sentir bem do jeitinho que é, comendo, bebendo, vestindo, transando e agindo de acordo com suas vontades e não com as dos padrões hipócritas que nos impõem.
Sabe quem são as mulheres de verdade pra mim? As AUTÊNTICAS.
E isso, meu bem, independe de peso, cor, cabelo, opção sexual etc...
E essa aí, sou eu, de verdade, despida de qualquer preconceito ou medo das opiniões alheias.
Me chamem de gordinha se quiserem.
Eu tão feliz nesse dia/lugar que, sinceramente, não vai fazer a menor diferença...
Cheiros!
Monika Imperfeita Souza
RETRATANDO:
Li na internet o texto "Ode à Bunda Dura". Como sou muito fã do Arnaldo Jabor e constava que a autoria seria dele, me interessei de cara.
Depois que publiquei meu post recebi a informação de que esse texto NÃO É DO JABOR e sim, da Ailin Aleixo, conforme informação no blog da Vanessa Lampert,
achei muito interessante e positivo, inclusive, ser de uma mulher. E repito: Amei o texto!
Veja o original no blog da Ailin. Li também que o Jabor fica irritado em ser associado ao mesmo (eu ficaria honrada, mans...) e isso não me faz ser mais ou menos sua admiradora. Admiro a escrita. A pessoa, não conheço. Nem preciso.
Querida Ailin, peço desculpas pelo erro cometido, não vi anteriormente nada na internet que citasse seu nome.
Agradeço muito também à minha conterrânea Claudia Assis que me alertou pelo face e coment do blog e enviou o link que explica tudo. Cacau, obrigada!!!
O texto é perfeito e você ganhou hoje uma grande admiradora!!! Parabéns pelo talento!
