segunda-feira, 30 de julho de 2012

Lado vazio

Porque a cada dificuldade eu sinto mais falta do teu colo.
E, se tiver alegrias, sentirei saudade do teu sorriso...

Foto: Internet
Monika Souza

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Vulcão



E, dentro dessa armadura que construí, existe um vulcão de intensidade e romantismo.

Feliz de quem perceber. E desarmar.
E aí, feliz de mim...


(Foto: internet-reprodução)



Monika Souza

domingo, 22 de julho de 2012

O Menestrel

Recebi esse texto (na verdade em vídeo, numa linda representação [clique aqui pra ver] de um grande amigo) e, na hora, pensei: "Preciso guardar isso. Dessas coisas que a gente pode ler diariamente, que nunca irá enjoar, que sempre irá fazer bem..."
Espero que apreciem - e se emocionem tanto quanto eu.
E que, principalmente, aprendamos com isso


Shakespeare, sempre genial...


- Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
- E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. 
- Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
- Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
- Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
- Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
- E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam…
- E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. 
- Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
- Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
- E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. 
- Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
- E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
- E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
- Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
- Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. 
- Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. 
- Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. 
- Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
- Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
- Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
- Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. 
- Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. 
- Aprende que paciência requer muita prática.
- Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. 
- Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. 
- Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
- Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens… Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
- Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. 
- Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
- Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…
- Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
- Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
- Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. 
- Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
- Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
- E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. 
- E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.


William Shakespeare

domingo, 15 de julho de 2012

O irmão do meu irmão: #Luto

Engraçado como as coisas mais difíceis na vida são as que mais ensinam e, no meu caso, inspiram. 
Fui dormir ontem, pós-cabeçadinha-da-noite, com ideias românticas pra um texto-crônica hoje. 
Ainda tuitei: "Dizem que me tornei dura, peitiquenta, exigente demais, chata demais... Acho que amanhã vou escrever sobre..."

Mas aí vem a vida (ah, vida danada de dura) e mostra que sempre há algo mais importante que nossos próprios problemas, sempre tem alguém que precisa de mais acalanto que nós, egocêntricos.

Tenho um irmão, Phelipe, que tem um irmão. Explico: Júnior é pra o meu irmão mais que um amigo, aqueles irmãos que a gente escolhe, que aparecem na nossa vida e a gente resolve que não vai deixar passar (igual Josy é pra mim, sabe?)...
Ambos tem 20 anos. Ambos tinham o sonho da aviação. Júnior foi pra aeronáutica e Phelipe, estudar aviação civil no interior, onde trabalha e tem uma filha. Separados por alguns kilometros, mas sempre juntos, sempre unha e carne. Quando Lipe vinha em casa, não se desgrudavam. Sempre. 

Hoje acordei com a triste, trágica, doída notícia do falecimento de Juninho na merda de um acidente de moto. Ele pilotava, após sair de uma festa onde bebeu. Bastante. Os amigos não conseguiram segurá-lo. 

Júnior perdeu a vida. E, por muito tempo, a família vai se sentir assim, sem vida... Meu irmão, a namorada, as pessoas próximas, que o amavam, idem. Sem um pedaço. Aquele vazio que, acho, todos conheceram em algum momento. E sinta-se feliz se nunca passou por isso, porque é foda.

Mas não vim aqui expor a dor de ninguém. Muito menos especular, como vi fazerem durante todo o dia, sobre o que aconteceu de fato, se houve culpados, bla bla bla.

Há 15 dias faleceu uma moça do mesmo prédio de Júnior. Vinte e poucos anos. Deixou 03 filhos;
Há 01 mês, um amigo nosso, Ivandro. 30 e poucos anos;
Há alguns anos, minha irmã, nossa princesa, Karol. DOZE anos (maior dor das nossas vidas);
Há também 15 dias vi um amigo (cara mega responsável, do bem, mas que teve um momento de, digamos, fraqueza) sair de uma 'balada' trocando as pernas, pegando um carro e se arriscando em uma BR. Graças a Deus ele - e eu, que tava junto, tivemos sorte. 
Tudo isso em menos de um mês (com exceção da minha irmã). Tudo isso aqui por perto. Se formos analisar o geral, é assustador. Mas ninguém mais se assusta. Sempre vai ter uma festinha nova...
Todos os dias esses acidentes idiotas levam quem amamos. E os principais motivos são os mesmos: bebida, cansaço, ou os dois. 

O que eu queria apenas, era que, em algum momento, essas tragédias, essas famílias (mais dilaceradas que os corpos que ficam nas avenidas e estradas), que as lágrimas que caem sobre caixões ou camas de hospital servissem de lição pra nós (e me incluo, tb já fiz isso em algum momento), IDIOTAS que, quando bebemos, nos achamos imortais, intocáveis, sempre estamos certos. Mais que comum ouvir as famosas (e estúpidas): "Eu sei o que tô fazendo", "Quando eu bebo dirijo até melhor"...

Ainda sonho com um país onde as regras sejam seguidas, onde as leis sejam estupidamente duras, que se assemelhem às do Japão, por exemplo, onde morrem mais pessoas em improváveis acidentes de elevador, que em acidentes de trânsito. 

O que eu desejo, na verdade, é não ter mais um corpo morto pelo qual chorar. Não por motivos estúpidos e desnecessários. O que eu desejo é não acordar mais numa manhã de domingo com notícias como a que recebi hoje, como a que recebi há 15 anos. 

E eu espero, Juninho, do fundo do meu coração, que você já esteja num local de paz, de luz. E que tua mãe, sua família, tua namorada, teus amigos e que Phelipe, tão teu irmão quanto meu, tenham muita, muita força, muito conforto pra suportar essa dor absurda. E pra seguir (por que a vida sempre tem que seguir), levando no coração o amor que vocês trocaram, e as boas lembranças que você deixou nesses breves 20 anos.
Muita paz!!!


Monika Souza

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O que é bonito mesmo?

Nada me deixa mais boba-alegre que receber elogios do tipo: "você é inteligente, tem tiradas ótimas, adoro o que você escreve, você é interessante etc... ", NADA!


Essa coisa de aparência chama atenção, claro (nao sou hipócrita), e deve sim ser apreciada, agradar os olhos > à primeira vista < . Mas, se qualquer beleza não vier acompanhada de 'algo mais' perde a graça em menos de 5 minutos de conversa...
O efêmero me cansa profundamente. O fútil então... 

Mainha diz que sou esquisita, porque fico morrendo de vergonha de usar qualquer roupa que evidencie corpo, curvas... diz que não aproveito "a sorte que tenho"... Não sabe como gostaria de ter "sorte" em tantas outras coisas. Tão diferentes.

Sou daquelas que, ao adicionar alguém que julgo interessante no facebook, por exemplo, ou seguir no twitter, ou mesmo na minha vida, passa tempos olhando o que escreve, antes de ver fotos...

Passei mto tempo fora e, hoje, quando reencontro os tantos amigos/conhecidos de muito tempo o que mais ouço é: "nossa, menina, vc não mudou nada, o tempo não passou pra vc, tava numa geladeira?"
Mal sabem que as verdadeiras marcas de tudo o que passei - e do que aprendi estão onde não podem ver, estao aqui dentro e que sim, eu mudei. Tanto...

E que são essas mudanças que vem construindo (e espero que bem) essa pessoa chata, intolerante, exigente, aparentemente dura, mas leal, verdadeira. E que aprende, muito, todos os dias. 
E isso, felizmente, não vai mudar. Aliás, a tendência é piorar. 

Prefiro assim!  

Cheiros! 
Monika Souza.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Karol - só pra ela...


Susto! Pavor! Medo! 
Foram as primeiras sensações quando soube que você chegaria naquela ligação agoniada com a minha mãe. 
Mal sabia eu que tudo aquilo, em tão pouco tempo, daria lugar aos mais belos sentimentos. 

Lembro do dia em que você chegou, foi o dia que meu coração ficou apertado o dia inteirinho... 
De longe, mas te sentindo. Essas coisas inexplicáveis da vida. 
Mas lembro, principalmente, de quanto te vi pela primeira vez. Nosso primeiro abraço quando o quase nada emotivo do teu pai e eu quase te esmagamos num dos choros mais emocionados da minha vida. 
E fiquei te olhando, quase sem acreditar naquela coisinha tão linda, tão rica também me olhando. 
E, como não poderia deixar de ser, precoce nas bagunças! 06 meses de idade e zoou junto comigo todos os dias. Como foi bom (literalmente) rolar no chão com vc... 

Hoje, dois anos depois e você só consegue ficar mais linda, mais amada, mais 'sapeca', e mais gritona, meu Deus, como grita... E como é BOM ouvir tua vozinha esganiçada do outro lado do telefone gritando "Tiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Monkaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa'... 

Deus é sábio. Acho que é por isso que Ele não me permitiu ter filhos, por que se amar uma criança pode ser maior do que eu sinto por você, não sei se saberia lidar... 

A coisa que eu mais queria hoje era ir te ver, te agarrar bemmm muito, te cheirar, cantar com você, te ver bagunçar, aliás, bagunçar junto... tudo com você, meu amor, tudo é perfeito
Mas, agradeço muito a Deus por te conservar linda, perfeita, inteligente, saudável e tão incrível, desse jeitinho, que só faz a gente conseguir te amar mais a cada dia. 

E sei que um dia (tipo daqui uns 3 anos pelo jeito que as coisas estão), você vai poder ler isso aqui. E entender. E saber o quanto, mesmo de longe essa tia babona e tua avó te amam. Apesar de que acho que você sabe, né, princesinha? E ter noção do tamanho da luz e da alegria que você trouxe às nossas vidas.

Sonho com o dia em que estaremos morando pertinho, pra eu te roubar de vez em sempre só pra tomar um sorvete, ou simplesmente ficar te olhando dormir... 

Que Deus abençoe, pentelhinha mais linda DO MUNDO!

Te amo, infinitamente!
Aliás... como você me ensinou a dizer: TE AMMMMMMMM... 


Tia babona: Monika Souza.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

SOBRE ARREPENDIMENTOS E O DIREITO DE TÊ-LOS

Vez por sempre esbarro na frase feita: “Eu nuuunca me arrependo do que fiz, só do que não fiz!”
Legal, né??? Você que pensa! Na minha opinião é uma das frases mais (auto) mentirosas que existem. E pretensiosas.
Arrepender-se significa que errou. E como assim passar a vida inteira sem ter errado? Não! Ninguém vai me convencer disso. Nunca. Erro mesmo! E errarei, sempre. E quero errar sempre. Porque quero ser humana sempre. Quero me dar o direito de agir sem certeza, e acertar ou errar como consequência disso. Por ter feito o que eu achava certo, de acordo com minhas vontades nos momentos e do que acho que devo. E aprender com isso.
E, se for julgada por isso só tenho a lamentar. Não por mim, mas por quem me jugar. Simples assim.
Já fui julgada por amar demais, de menos. Por demonstrar quando deveria “fazer doce” pra que a pessoa não se sinta tão segura (tsc tsc tsc, esses joguinhos não combinam comigo). Fui julgada por me entregar demais e mudar meus planos. Por ser carinhosa demais com amigos, quando deveria ser apenas com ‘aquela’ pessoa.
Fui julgada por falar demais, por ouvir de menos. Por não saber lidar com dinheiro ‘como deveria’. Por ser proativa demais no trabalho. Por falar o que pensava quando ninguém perguntava. Por pensar demais...
Fui julgada por ter medo (e tenho tantos). Por não ter agido como esperavam (e me pergunto, por que esperavam tanto?). Fui julgada por falar dos meus sentimentos, “porque ninguém tem nada a ver com o que eu sinto” ou porque as pessoas sentem inveja da felicidade e/ou alegria com a tristeza dos outros.
Já fui julgada por me preocupar, por sentir ciúmes, ou por ser desligada com quem amo. E tudo isso ao mesmo tempo, imaginem.
Já fui julgada por sonhar.
E já fui julgada por julgar.
E estava errada em grande parte das vezes...
E todo esse turbilhão de julgamentos, sentimentos, acusações (infundadas ou não), misturados com minha melancolia e até certa tendência ao drama, me fizeram ganhar, mas, também me fizeram perder. De muitas situações eu me arrependo. De outras não. E assim vou seguindo a minha vida.
Por que o mais importante – e disso não me arrependerei nunca – é a certeza pulsante e irritante de que sou uma pessoa só. Estabanada, desatenta, errante... Verdadeira, íntegra. Que se errei em tudo isso aí em cima, foi tentando acertar. E, se me arrependo, não é sinal de fraqueza, sinto muito pra quem acha. Pelo contrário: Sugere humildade, e coragem.
E é isso que me faz, todos as noites, deitar a cabeça no travesseiro e dormir em paz. Mesmo com um tornado dentro de mim.

Cheiros!
Monika Souza