segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Se for assim, você não presta!

Quem me conhece sabe que sou osso duro de roer. 


Que sou chata, complicada, difícil, intolerante, exigente. E que sempre quis ser independente, ter liberdade, o que gerou muitas discussões em casa, já que minha mãe é exatamente assim e, como dizem, "dois bicudos"...
Masssssss, também sempre coloquei minha família e, principalmente, minha mãe em primeiro lugar, principalmente quando eram problemas mais sérios. Não tive a honra e a felicidade de conhecer meu pai e sempre me senti na obrigação de cuidar, de estar perto.
Mas deixo claro que, sobre o que vou falar, não sou (nem quero ser) parâmetro. Nem exemplo. Sou falha demais por um lado e parceira demais por outro, então, fico isenta. 
Mas sou cara de pau quando o assunto são minhas opiniões, então, vou falar - e julgar mesmo! 

Sempre observei certas coisas, mas, estando "em casa", perto da família, as observações ficam, também, mais próximas. E incomodam mais.
Concordo plenamente com o dito popular que família é mais que sangue, é também quem escolhemos;
Concordo plenamente que cada caso é um caso;
Concordo plenamente que é complicado julgar "de fora".
Mas, vamos pela maioria.

Muitas vezes conhecemos pessoas, nos apaixonamos, trazemos pra nossa vida e ela nos trata como rainhas/reis. E, de repente, essa pessoa é rude com um garçom, com um porteiro, com uma criança, um animal e, principalmente, com a mãe: cuidado!!!

Muitas vezes esse príncipe encantado até trata bem a família, a mãe, brinca, tira onda, bla bla bla... Mas quando a coisa aperta, quando de fato precisa-se de ajuda, da "mão", do ombro, o ser prefere curtir com amigos: atenção!!!

Várias vezes os pais/parentes, são idosos e são ingênuos, ou se tornam mais desatentos pelo peso dos anos e os indigentes se aproveitam disso pra usufruir de bens, dinheiro (muitas vezes uma aposentadoria), por que o pobre "não sabe usar das tecnologias mais simples, como cartão de crédito, débito, cheques etc. Se, para o seu "amorzinho" é mais fácil se aproveitar de quem o colocou no mundo do que ensinar a utilizar e até se proteger, essa pessoa não presta!!! #Nojo

Quantos parentes, familiares, amigos, ao invés de se alegrarem com as conquistas e crescimento dos entes, preferem se corroer de inveja e os piores sentimentos de "fulano tem e eu não". Espero que você não faça isso, porque é simplesmente ridículo!

E, pior, quando os sacanas (sim, sacanas) frequentam igrejas, templos religiosos, centros espíritas, enfim, uma religião qualquer (independente de qual), vive lá ajoelhado fazendo lindas orações em voz alta, ou em procissões intermináveis "em nome de Jesus", ou passam a noite distribuindo sopa para os necessitados, morre se não der o sagrado dízimo, vivem dando paz do senhor a torto e a direito, compartilham todas as frases de padres, pastores, Chico Xavier e os cambau nas redes sociais, mas não tem coragem de rezar um pai nosso por um familiar, nem tem coragem de dar o valor de uma feira para um membro da família. Não faz o esforço de levantar à noite para levar a mãe, pai, irmãos etc em um posto de saúde... Simples: Essa pessoa não vale nada! Eu acho que os mandamentos de Deus foram feitos para serem colocados em prática e recebidos pelo coração, não por holofotes.

Olhe pra cima, leia de novo e, me desculpe, mas, se você é assim, você não presta!!!

E tem mais duas coisas muito perigosas:

1- Se você é pai, mãe, responsável por um ser assim, sinto lhe informar, boa parte da culpa pode ser sua!
É como eu sempre digo: as pessoas só fazem com a gente o que a gente deixa. Se você não deu limites e a pessoa tiver um caráter duvidoso, isso iria se voltar contra você, mais cedo ou mais tarde.

2- Também não adianta você bancar a madre Tereza de Calcutá e deixar de cuidar de você pra fazer isso pelos outros. Tirar do seu prato, para alimentar quem, muitas vezes, pode nem merecer. "Bondade demais", na grande maioria das vezes, vem de pessoas, claro, boas e ingênuas e, fatalmente, atrai gente ruim e aproveitadora. Ajude, sim, é bonito, necessário, vai fazer bem ao teu coração, em primeiro lugar, mas tome cuidados, observe, cuide de você, antes de qualquer coisa. Afinal, como um cego vai carregar um manco? E Deus nos deu a vida como um dom, um presente, e temos que preservar com todo o carinho.

PS: Os exemplos acima são, infelizmente, baseados em exemplos próximos, mas não são acusações. E me incluo nas culpas: sei que posso ter cometido ou ainda cometer um ou vários atos citados acima. O importante é nos avaliarmos constantemente no intuito de nos melhorar e, para absolutamente tudo na vida, manter o EQUILÍBRIO!

Cheiros!
E desculpem os desabafos.














#Reflexoes #Hipocrisia #Familia #Blog

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Cuide bem do seu amor, ou...

Meus leitores, amigos queridos, pessoas de que tanto gosto, podem me fazer um grande favor?
Se você encontrar, encontrou o amor da vida, aquela pessoa que você mais admira no mundo, aquela com quem tudo tem mais graça, o mundo fica mais bonito, tudo faz mais sentido... NÃO "JOGUE FORA"! Por nada! 
Nem por causa de uma noite com um melhor bíceps ou uma bunda mais redonda.
Ou por medos covardes de problemas num futuro que você nem sabe se vai viver.
Ou por causa de defeitinhos que são insignificantes diante das qualidades...                                              
Viva o presente, viva o seu amor, valorize-o! Valorize o casal que vocês formam. 
Amanhã tudo pode mudar e você pode estar sem rumo, vazio (a), chorando, SOZINHO (A)...
E, na grande maioria das vezes, o passado não volta!

Cheiros...


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Primeiro conto

Teste

Não é verdadeiro? Fique longe!


Se você fica perto e/ou com alguém - e isso pode ser parente, amigo, colega de trabalho, chefe e, principalmente, um (a) parceiro (a) amoroso (a) sem ter amor, amizade, carinho, afeição verdadeiros envolvidos, desculpe, vc não serve para a minha convivência.

Se você se envolve apenas porque o outro tem dinheiro, bens, 'poder', fama ou por qualquer motivo que não seja um puro e verdadeiro SENTIMENTO, POR FAVOR, fique bem longe de mim. 

Se você é medíocre ao ponto de se vender por "valores" tão fúteis e efêmeros, francamente, vc é digno de (muita) pena.      


Monika Pimenta

 

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Consertar ou trocar???

De quem é o aniversário mesmo?

Vamos parar de mudar os valores, lembrar e homenagear o verdadeiro aniversariante?
Quem topa? o/

Imagem: Divulgação internet

Não adianta...

Não adianta!

Não há regras, a razão não tem vez, o egoísmo deixa de existir, o preto e branco também, os preconceitos desaparecem, os medos dão lugar à coragem, a benevolência aparece, a necessidade de ver o outro bem – acima de qualquer coisa se torna o mais importante... Tudo isso quando ele chega...

Ele que torna tudo mais colorido;
Ele que traz toda a paz de que precisamos;
Ele que ensina a sermos melhores;
Ele que ensina a pensar antes de falar;
Ele que ensina a relevar;
Ele que ensina a ceder;
Ele que dá a certeza de que, quando é verdadeiro, tudo fica mais fácil. E mais bonito.
Ele que mostra o quanto é gostoso ver o sorriso no rosto do outro, mesmo quando no nosso rolam lágrimas.

A paixão é sensacional, o tesão delicioso, a amizade necessária, o companheirismo essencial. 
Mas só um sentimento, apenas ele, é capaz de misturar tudo isso às melhores atitudes que podem ser praticadas por nós, humanos, errantes, defeituosos: o amor.

E quando ele está presente, forte, firme, verdadeiro, tudo o que você quer é ver o outro feliz, mesmo que não ao seu lado.
E isso vale para um filho, um amigo, os pais, o (a) parceiro (a)... E, principalmente, para nós mesmos. Porque o amor mais lindo – e, acreditem, mais difícil de exercitar, é o próprio. E é também o mais recompensador. Quando estamos munidos d’ele, fortes, amaremos mais e melhor o outro.

E amar mais e melhor o outro é aceitá-lo, respeitá-lo, apoiá-lo, mesmo que não ganhemos nada com isso. Aliás, principalmente não tendo vantagens. Apenas pela “graça” de ver bem, feliz e em paz quem é, para nós, tão importante.

Mas só quando é verdadeiro.
De outro jeito?... é, não adianta...

                                                                                                  Imagem: internet

Cheiros.
Monika Souza

Cachorro preto, você conhece?

Buenos!

Decidi que vou postar esse vídeo diariamente em meu facebook pessoal. Quem sabe assim, com a insistência (até chatice), mais e mais pessoas vejam, reflitam, compreendam. Mas, não só quem sofre desse mal terrível e aparentemente invisível, mas sua família, parentes, amigos, colegas de trabalho.

E, acreditem, na esmagadora maioria das vezes, a saúde, o ânimo e a força em si não vem pelo pensamento, pela esperança, pela culpa, pelas orações, pelas palavras bonitas dos outros (tudo muito importante, sabemos), pela "vontade". O "cachorro preto", sem que queiramos e às vezes percebamos, nos esmaga de tal forma que nem nós mesmos entendemos. Pensem nisso também.

Infelizmente não encontrei o vídeo dublado para português (vou até procurar quem faça e me colocar à disposição para fazer a locução sem cachê), mas peço que, até como maneira de melhor se informar sobre um assunto tão pouco compreendido, assistam, compartilhem, repassem. AJUDEM! Nunca sabemos que tipo de cachorro pode nos alcançar amanhã...




Cheiros!
Monika Pimenta

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Tigela de pudim


Que tal dessa vez... ???


Chato, difícil, doído de ver né... é quase um soco no estômago? 
Imagina pra Ele, vendo todos os valores que Ele tanto sofreu (na pele, na carne, no coração, na alma) pra passar sendo dissolvidos e transformados em coisas meramente materiais, fúteis, hipócritas, vazias.

Que tal aproveitarmos esse dia para meditar, refletir e dar de presente ao real ANIVERSARIANTE nossos melhores e VERDADEIROS sentimentos?

#FelizNatal

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Para vocês, para mim, para nós, pernambucanos: Rossi!!!

#RipRossi
Para a maioria dos brasileiros (infelizmente) hoje ELE vai ser apenas o assunto do momento, o novo ídolo e as músicas que mais irão tocar nesse final de ano.

Para uma Monika de 18 anos, fã e radialista, ele foi o artista que a recebeu em sua casa com um abraço apertado, cheiroso (simmmm) e apressado...

Para nós, pernambucanos, ele é o físico e matemático que, tomando ou não umas, várias, todas, preferiu ser músico, preferiu ser REI.
O cara que falava inglês e francês, mas preferia falar PERNAMBUQUÊS.
Quem enalteceu e mega homenageou os garçons;
Que tirava a maior onda nos shows (sim, ele era o nosso maior showman);
Quem, se quisesse, até poderia cheirar cocaína, mas preferia cheirar a xereca das meninas;
O cara que sabia e deixava bem claro que se você não é, foi ou será corno. Bem do tipo 'aceite, que dói menos';
Quem deixou claro que não era errado quando a gente deveria odiar, no entanto, só sabia amar; 

O homem raparigueiro que cantava o amor e valorizava as mulheres, todas nós;
Quem se denominava uma "prostituta de futebol" e, desse jeito, torcendo por pernambuco como pouquíssimos conseguiriam, abraçava todas as torcidas, demonstrando que é, sim, possível, a paz nos estádios, o esporte pela diversão;
O sarará de cabelo pixaim que, sorrindo, ouviu de ninguém menos que Julio Iglesias: "Você canta melhor que eu, mas meu cabelo é melhor do que o seu." ...
E, principalmente, Reginaldo Rossi foi o nordestino, o pernambucano que, com orgulho, CANTOU O RECIFE quando dizia:

 "Hei! Vem cá que eu quero te mostrar
Hei! A minha cidade, o meu lugar
Hei! Recife tem um coração
Hei! Tem muito calor, muita emoção

O povo daqui gosta de cantar
Tem religião, gosta de rezar
Tem cristianismo, tem candomblé
Tem muita cachaça e muita mulher

Tem Luiz Gonzaga, Rei do Baião
Tem Alceu Valença, anunciação
E em Olinda o carnaval
É o melhor do mundo
É sensacional

Recife tem encantos mil
É... É um pedacinho do Brasil
É um paraíso tropical
Tem... Tem um acervo cultural

Ela é a Veneza desse Brasil
É intercortada por muitos rios
A capital do meu Pernambuco
Capitania que deu mais lucro

Ela é a cidade que viu surgir
Três grandes heróis da nossa nação
O negrão Henrique e o branco Negreiros
O índio Felipe e o Camarão

De Porto Alegre até Boa Vista
De Porto Velho até Natal
Em diagonal até Fortaleza
O Brasil, eu sei, tem muita beleza
Mas sou de Recife e devo cantar

A minha cidade, o meu lugar
Você não entende se não quiser
Tem muita cachaça e muita mulher... " 

É, ROSSI, você vai fazer falta. Mas que bom, que tivemos você, para hoje, sentir falta. Obrigada pelo que você fez pela nossa cultura.

Eternamente... #RipReginaldoRossi
#RipReiDoBrega #ReginaldoRossi 


https://www.youtube.com/watch?v=Y4KbdbZAiv8&feature=youtube_gdata_player

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

PASSANDO DE FASE – Uma vitória





Muitas pessoas não gostam de falar sobre esse tipo de problema, mas se o meu “depoimento” puder ajudar uma pessoa que seja, eu já fico feliz e não me importo em me “expor”.

(Não costumo fazer posts longos, mas foi necessário)


Quem me conhece sabe que já passei por muitas coisas – boas e difíceis na minha vida e todas tiveram seu grau de importância, com todas aprendi.  Mas o dia de hoje é, com toda a certeza, um dos mais importantes da minha existência. É o dia em que chega ao fim uma fase difícil, dolorida, judiada, mas também de muito aprendizado.

Quase não acredito quando olho para trás, prum dia desses e me vejo chorando desesperadamente e pensando que nunca ficaria boa, sem enxergar qualquer luz de esperança. E isso foi há apenas 2 meses. Nesse período eu melhorei, me equilibrei, cresci, aprendi, me iluminei. E, mesmo sabendo que tenho uma doença que (no momento) não tem cura, sinto-me curada!!!

Grande parte dessa vitória se deve ao apoio que recebi de absolutamente todas as pessoas que me cercam. Realmente tenho muita sorte, sou muito abençoada, mesmo sem merecer, mesmo sendo tão falha. Mas sei que nem sempre é assim e quem muitos colegas sofrem discriminações e preconceitos diversos.

Então, antes de começar meu relato, faço um APELO aos conhecidos, amigos, colegas de trabalho, parentes e, principalmente, familiares das pessoas que tem quaisquer transtornos mentais:

Quando minha crise teve início eu me sentia culpada, achava que era bobagem, “coisa da minha cabeça”, achava que era fraca. Foi difícil os médicos me convencerem de que os transtornos mentais são “defeitos” em partes do cérebro, logo, são, sim, FÍSICOS. Acredito que ninguém no mundo gosta de ficar doente. Vocês gostam? Acho que não. Realmente ninguém gosta. Agora imagina você ter uma doença que não está aparente aos olhos e que, principalmente, a sociedade mal conhece, tampouco vai entender. Nãooooo, acho que você não gostaria, né?
Acho que você também não gostaria de sentir uma dor absurda e não conseguir explicá-la, nem defini-la. Nem gostaria de não ter forças pra exatamente nada, como se alguém te amarrasse na cama enquanto vem alguém e diz: “ahhh, faz um esforço, para de frescura, isso é coisa da tua cabeça...”. É, acho que você não gostaria mesmo. E ficar oscilando entre a vontade de morrer (de se matar mesmo) e a culpa por ser pecado, por ser injusto, por saber o quanto tua família iria sofrer... Não, você não iria querer isso.

Acreditem, só quem vai entender de fato o que passa, sente, sofre uma pessoa que tem um transtorno mental (seja ele depressão, bipolaridade, esquizofrenia etc) é quem passa. Mas é muito, muito bonito olhar pro outro, pra pessoa que te ama e que está sofrendo e dar a mão, mesmo sem entender nada.
Você pode não entender, mas pode compreender. E apoiar.
Alguns podem não ter cura, mas todo transtorno mental é controlável com medicação e tratamento terapêutico. Podemos viver muito bem, se nos cuidarmos direitinho. E, com toda a certeza, uma excelente “terapia” é o apoio, o carinho, o amor de quem amamos e é tão importante pra nós!!!

A recompensa vem no sorriso e na cura do ente/amigo querido. E a bênção vem de Deus!


MINHA HISTÓRIA:

Tenho transtorno bipolar, mas só descobri há pouco tempo.

Tudo começou em fevereiro, quando comecei a sentir muito desânimo, cansaço, fadiga, mas de uma forma incontrolável. Procurei ajuda: fiz um check-up, que não indicou nada demais. O cardiologista sugeriu procurar um psicólogo e foi o que fiz. Comecei com um tratamento, mas tive que procurar um psiquiatra, para aliar remédios à terapia. O fiz. Me animei, mas em pouco tempo desanimei e interrompi o tratamento. Mais de uma vez saí do trabalho em direção à psicóloga, passei na frente, dei meia volta e fui pra casa chorar por horas, me sentindo desanimada, infeliz, culpada.

A partir daí isso foi se tornando rotina. Acordava extremamente desanimada, sem forças, como se tivesse arrastando um peso enorme amarrado ao corpo. Chorava (literalmente) pra sair da cama, me culpando. Chegava atrasada no trabalho quase todos os dias me sentindo um lixo, mas com um sorriso no rosto, disfarçando a minha agonia, afinal, nem os colegas nem a empresa tinham nada a ver com minhas “fraquezas”.  Durante períodos do dia/semana essa tristeza e abatimento davam lugar à uma necessidade de falar, conversar, agir, me movimentar, fazer mil coisas, comprar... Tudo era em exagero e, quando “acalmava”, eu voltava a me sentir um lixo, irresponsável, sem noção.

Tentava me concentrar no trabalho sem sucesso. Começava mil coisas, fazia um pouquinho de cada e não terminava nada. Quando estava nas últimas dos prazos, corria igual doida, me martirizando por não ter feito antes, por não ter feito direito, por não ficar perfeito... sofria por tudo. Aliás, eu conseguia encontrar sofrimento em absolutamente tudo. Viver simplesmente começou a se tornar um fardo. Tudo o que eu enfrentaria naturalmente estando bem, quase me matava.

No feriado de maio meu namorado e eu resolvemos fazer uma viagem, já com o intuito de que isso me ajudasse a “reagir”. Não sei se foi pior, mas foi aí que eu caí de vez. A cada país que eu visitava, me sentia pior por não ter vontade de fazer nada. Lugares lindos, históricos do jeito que eu gosto e eu só queria ficar na cama. E me culpava! Isso aconteceu em muitos períodos. Em outros nem lembro, perdi totalmente a noção do tempo, dos lugares, de mim. Muita coisa apagou. Até dinheiro eu perdi – e bastante (ao menos pra mim). Mas lembro da dor: Uma dor inexplicável, incompreensível, absurda. A impressão é que vem da alma. E vem mesmo. Sentia uma tristeza e nem entendia porque. Era o fundo do poço. E, como se não fosse suficiente, consegui “cair” ainda mais. Foi a primeira tentativa de suicídio. Sim, existe lugar pior que o fundo do poço, e eu estava lá. Mas lá também estavam anjos de Deus!

Na volta fui do aeroporto pra casa planejando trocar de roupa e ir passear, mesmo sozinha, me animar... Mas quando entrei em casa iniciou-se mais uma luta interna entre a vontade racional de sair, reagir e a total falta de forças e vontade de ficar na cama. Adivinha quem venceu?
Fiquei do sábado até a segunda-feira quase sem dormir, sem comer absolutamente nada, sem tomar banho, sem falar com ninguém, morta por dentro e com desejo de estar morta também por fora.

Mas Deus é maravilhoso e colocou anjos no meu caminho, mesmo sem eu merecer. Matias pediu “socorro” pra uma amiga nossa que veio prontamente, me fez abrir a porta, comer, me arrumar e me levou a um hospital. Fui achando que teria uma consulta, uma receita e um afastamento de alguns dias do trabalho e do mundo. Só queria ficar sozinha, quieta no meu canto. Mas eu estava enganada.
Fui internada prontamente. Viemos, fizemos uma malinha e voltamos pro hospital. A partir daí tudo aconteceu em câmera lenta e de forma automática. A revista, a entrada sozinha naquele lugar desconhecido e cheio de pessoas desconhecidas, o medo, a falta de esperanças... e, junto a isso, a total falta de forças pra lutar, pra dizer não, pra correr, pra nada! Eu já não era mais eu. Era qualquer outra coisa/pessoa, menos eu mesma.

Fiquei uma semana e troquei de hospital de uma forma brusca. Me senti ainda mais fracassada, destruída. Foi quando tive a minha 2ª tentativa de suicídio. Mas os anjos também estavam lá.

Fui internada em outro hospital, que gostei de cara, mas onde também passei uns maus bocados: tive crises de pânico, cheguei a ser contida e fiquei horas amarrada, quase morri num desmaio onde minha pressão quase juntou...
Mas as coisas foram se equilibrando e então, comecei a melhorar. Procurei aderir ao tratamento, ser disciplinada, me integrar. Rezei muito, fiz amigos, até me diverti. Ganhei tanto carinho...
Lembro da primeira saída pra um final de semana fora do hospital: desespero na porta de saída, tremedeira até chegar em casa. Medo. Sim, esse sentimento horrível é uma constante nesse processo. Mesmo estando um pouco melhor, a vontade de não fazer nada permanecia. Ficar mais que duas horas fora de casa era torturante. Vivia passando mal, desmaiando, em pânico.

Passado 01 mês de internação integral, recebi alta e fui encaminhada para a clínica-dia. Outro pavor. Entrei parecendo um zumbi: ficava isolada, não gostava de conversar, não falava nas atividades, nem mesmo gostava. Tinha certeza de que aquilo jamais daria certo, não entendia o que estava fazendo ali. Vivia oscilando entre essa apatia e uma euforia absurda: chegava falando e falava, falava, falava, e rápido, passava a tarde “acelerada”. Daí chegava em casa acabada, como se tivesse passado o dia inteiro carregando peso.

Então foi confirmado o diagnóstico: Transtorno Bipolar. Assim como a maioria das pessoas eu nem sabia o que era isso, mas a ideia de ter uma doença incurável me apavorou. Mais dor, mais sofrimento, mais autopiedade – um sentimento também comum, e inevitável. Mas, como nem tudo são trevas, com o diagnóstico correto, enfim, minha medicação foi ajustada e aos poucos meu humor foi se equilibrando. Junto a isso, fui começando a ter vontade de participar das atividades, de me integrar com as pessoas.

Daí apareceu outro problema: O remédio pra bipolaridade – o famoso lítio atacou minha tireóide e as taxas foram pras alturas. Novamente caí na cama, dessa vez por questões físicas. Vivia sem forças e passei semanas com a pressão super baixa. Minha mãe, que veio pra cuidar, foi super paciente, trazia comida, água, remédio. Eu faltava à clínica quase todos os dias, sem a menor condição de sair de casa, sem a menor condição de sair da cama. Muitas vezes ia ao banheiro apoiada em mainha. Foi difícil.

Mas, acho que já disse que nem tudo são trevas, né?
Quando o remédio da tireóide começou a fazer efeito, uma fase de luz teve início na minha vida.
Com o emocional e o físico se equilibrando, peguei o tiquinho de forças que apareceu e dei o impulso que consegui: Comecei a não mais faltar à clínica, onde participava ativamente das atividades, mantive a medicação certinha, comecei a caminhar... aos poucos comecei a sair, me (re) socializar. Tudo foi começando a entrar nos eixos. A paz, o equilíbrio, a alegria foram tomando conta da minha vida e agora estão presentes.

Hoje, 27 de setembro de 2013, recebi alta da clínica Bom Retiro.
Com muito sacrifício passei mais essa fase do meu tratamento e da minha vida. E como repeti tanto essa semana, sofri, sofri demais, como nem sabia que seria possível sofrer, mas aprendi exatamente na mesma proporção. E cresci. Sei que precisava passar por tudo isso.
Hoje sou, com certeza, uma pessoa mais forte, mais madura, mais equilibrada do que há 05 meses. Muito mais. E muito mais feliz!!!

Sinto-me vitoriosa, sei que tenho méritos, tive disciplina, aceitei e segui o tratamento, mas eu jamais teria conseguido nem começar sem a ajuda, a compreensão, o apoio de pessoas que em algum ou em muitos momentos pararam as suas vidas para, praticamente, me carregar no colo.

AGRADECIMENTOS! 

Mainha, Matias, Crislaine: Nunca, jamais irei esquecer, nem poderei retribuir o que vocês fizeram e ainda fazem por mim. Que Deus os recompense em dobro, triplo, quádruplo. Vocês são anjos! Me perdoem toda a preocupação, trabalho, agonia que fiz vocês passarem.
Mainha, você é a pessoa mais importante da minha vida, minha melhor amiga, companheira, confidente. Te amo mais que tudo no mundo!!!

À minha família na terrinha, Lipe, Karol (minha princesa), Kilma, Ninha, Alexandre, Tia Nilda, Macilene e todos... sei que também se preocuparam muito. E rezaram muito. Obrigada, obrigada, obrigada! Amo vocês demais!!!

Aos meus colegas de trabalho, nem sei o que dizer. A compreensão e apoio de vocês é comovente. Sobretudo da minha equipe linda de FP. Meus queridos atoas, amo vocês!!! 

Aos meus amigos em todo o país e até fora dele (ui, que chique rsrs) – vocês são os melhores do mundo!!! Mesmo sem saberem exatamente o que eu tava passando mandaram tantas mensagens de carinho, preocupação, preces. Adoro vocês!!! E pros da terrinha... To chegandooooooo!!!
PS: Manu, estar com vc, David e Joaquim foi uma das partes da viagem onde me senti mais feliz. TE AMO!

Aos amigos que eu conheci no hospital e na clínica e hoje fazem parte da minha vida: Obrigada pela amizade, cumplicidade, parceria. Torço pela recuperação, equilíbrio felicidade de cada um de vocês.

Às também amigas “doidinhas” que se tornaram quase família: Mércia, Silvia, Valéria, Vó, Elsa, Zélia, Raquel, amo vocês, torço por vocês como por mim!!! Obrigada por tudo!!!

Aos amigos que conheci há pouco, também da clínica, desejo toda a sorte e paz e que o tratamento de cada um de vocês seja vitorioso. Desejo o mesmo até a quem não gosta de mim ali. Que Deus abençoe vocês!

E, finalmente, às equipes do hospital e da clínica Bom Retiro (espero não esquecer ninguém rs):
Hospital: Dra Elizabeth, Dr Miguel, enfermeiras e até a doidhinha da Aline.
Clínica-dia: Dra Caroline, Renate, Dr Mário Sérgio, Ivonete, Loilse, Deise, Fabiane, Sheila, Camila, os estagiários, as meninas do Reiki, do SAE, as meninas da recepção, da cozinha, da limpeza (ta limpando, Rose? Vou aí!!! Rsrsrs)...
MUITO obrigada também a vocês, pela força, profissionalismo, carinho, paciência nos meus momentos mais difíceis, respeito e por nunca deixarem de acreditar em mim, mesmo quando eu estava “no chão”. Que Deus abençoe todos vocês!!! Vou sentir falta e vê-los uma vez por semana vai ser muito bom!!!

Mil perdões se esqueci alguém, tô cansada e emocionada! <3 data-blogger-escaped-o:p="">

Sigo amanhã pra Recife, pra junto dos meus, pro calor, pro sol, pro mar, pra essa natureza que faz bem, pros abraços da minha família e dos meus amigos, pra música, pra comida, pras cores e pro cheiro da minha terra que amo e nunca esqueço. Sigo para, como disse Dra Caroline, minha viagem terapêutica, para recarregar as energias e voltar renovada pra encarar a minha vida real. E farei isso com alegria, gratidão e com o sabor de vitória.

O tratamento continua, agora com menor intensidade, apenas uma vez por semana, mas não menos importante. E minha disciplina também continuará. É, detestooooo disciplina mas, acreditem, nada, NADA é pior do que o que eu passei. Detesto regras, mas detesto MUITO MAIS estar doente.

Que delícia é estar curada!!!
Que delícia é estar bem o suficiente para falar sobre isso sem sentir qualquer dor.
Que delícia é não sentir vergonha de nada disso, pelo contrário!
Deus é maravilhoso!!! Que Ele abençoe TODOS vocês!!!

Cheiros!
Monika Souza


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Gosto de gente


Gosto de gente que se importa, e que demonstra que se importa. Mas que se importa apenas comigo, afinal, fidelidade e lealdade não saíram de moda. Ao menos dentro de mim;

Gosto de gente que se preocupa, que insiste mesmo quando digo não... e que perceba quando eu digo não querendo dizer sim, afinal, sou mulher;

Gosto de gente que me faz rir, e que ri comigo. Que entende minhas brincadeiras e ironias, que ri a toa, de tudo e de nada, sobretudo de si mesmo. Mas também gosto de gente que sabe a hora de parar;

Gosto de gente que tenha o ombro disponível quando eu precisar chorar... e de gente que me conhece tanto a ponto de perceber minha angústia, mesmo quando as lágrimas não estiverem escorrendo pelo meu rosto;

Gosto de gente que dá a mão ao outro e trata bem qualquer um, mesmo sabendo que não há poder, dinheiro ou benefícios envolvidos;

Gosto de gente que dá valor à família – principalmente à mãe, aos amigos, a quem é de fato importante. E nem precisa ser “meloso” pra isso. Tem várias formas de demonstrar amor e preocupação;

Gosto de gente que sabe dizer não, mesmo isso sendo tão difícil, mas necessário para o crescimento do outro: demonstração de amor e cuidado;

Gosto de gente que sabe a diferença entre ser autoconfiante e ser arrogante, e que utiliza seus conhecimentos de forma benéfica, para transmitir idéias interessantes aos outros;

Gosto de gente inteligente, perspicaz, sagaz, que tenha boas tiradas e papo interessantes, gente que me faça viajar em conversas intermináveis e deliciosas. Mas adoro gente humilde e sábia, que, mesmo sem ter tido oportunidades de obter conhecimentos tem grande sabedoria adquirida pela vida e pela humildade;

Gosto de gente que sonha. E que realiza. E de gente que sonha comigo, que ajuda a transformar meus sonhos em realidade, mesmo os mais bobos e absurdos;

Gosto de gente de coração bom, de risada farta e abraço disponível, de caráter reto, de personalidade forte e leve, de olhar, palavras e gestos sinceros.


Gosto de gente!

Cheiros...
Monika Souza

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A real felicidade, você conhece?

Muitos pregam e todos buscam a conhecida fidelidade.

Sim, é legal, importante, imprescindível...
Mas não há nada mais importante do que ser fiel a SI MESMO, aos seus reais sentimentos, aos seus ideais, às suas vontades mais sinceras.

Estar com alguém, ou num trabalho, ou num ambiente que não nos completa é a pior forma de FALTA, mais do que de fidelidade, de lealdade.
E a maneira mais certa de ser e tornar infeliz. Insatisfeitos, não seremos inteiros, completos, intensos. E estaremos mentindo para um chefe, para um professor, para um (a) companheiro (a), para nós mesmos...


Tem coisa mais injusta que manter-se com alguém (ou em qualquer lugar), sem querer, ocupando um espaço que poderia ser de alguém que realmente deseje e valorize, seja no trabalho ou mesmo em um coração?
Tem coisa mais egoísta do que "empatar" a vida de uma pessoa especial, por puro comodismo e egocentrismo?
Existe forma maior de amor e coragem que ter coragem de dizer: Perdão, eu não te amo mais e acho que você merece alguém que realmente possa, e te cuide e valorize?


É o que peço em minhas orações: que eu sempre mantenha essa sede de liberdade.
Mas o que realmente me liberta não é estar sozinha, não é ser solteira ou viver viajando... Isso até incomoda, às vezes. O que me liberta é seguir fiel a quem amo, sim, mas, principalmente, a mim mesma, independente do caminho que eu estiver seguindo...
Assim serei sempre feliz!


Vem comigo! DESAPEGA!!! Abra os braços pra REAL felicidade.
Haverá perdas, naturalmente, mas, acredite, a vida recompensa!



Cheiros enormes!!!
Monika Souza.