Poucas são as pessoas que assumem, mas, acredito que, seja qual for o motivo, todos são "assombrados" por algum tipo de pré-conceito. E muitas sofrem preconceito.
E acho isso normal, natural, inerente ao ser-humano. Acaba nos tornando mais cautelosos na vida. E infelizmente hoje precisamos ser.
E acho isso normal, natural, inerente ao ser-humano. Acaba nos tornando mais cautelosos na vida. E infelizmente hoje precisamos ser.
O que não é natural é deixar que esses "pré-conceitos" nos tornem mesquinhos, egoístas, julgadores.
Em um post sobre a Madonna falei sobre isso: Minha libertação de julgar tão rápido.
E não é que aconteceu novamente?
Durante 09 anos acompanhei de longe um sucesso sem compreender. Como, com tantas manifestações artísticas no Brasil, até mesmo novelas (se queriam acompanhar histórias), esse clima maravilhoso, praia, parques, enfim, como as pessoas paravam para assistir - e comentar o Big Brother.
Há uns 03 anos fui "obrigada" pela minha querida amiga Adriana, quando dividíamos apê em Salvador. Acostumei. Foi a edição em que o Diego Alemão venceu. Achei interessantes os embates e os comentários nas ruas. Mas, mesmo assim, não entendia. Não assisti mais.
Ano passado houve uma discussão sobre na faculdade e eu tava lá, na turma dos "inteligentes o suficiente para não perder tempo com isso".
Mas, meus amigos, o mundo dá muitas voltas. E que voltas o mundo dá...
Vi - e principalmente senti pessoas que eu admirava se perderem em sua própria arrogância, como se falar apenas de política tornasse o ser mais antenado, inteligente... e vi pessoas que eu julgava fúteis me surpreenderem. E vice versa. Percebi que os verdadeiros e bons sentimentos não estão à venda, nem por um NY Post.
E passei a observar mais as coisas, pessoas, momentos. E a tv. E o Big brother.
Não vou tecer comentários longos sobre a manipulação (ou não), ou sobre os participantes, embora tenha minhas opiniões de comunicadora, de analisadora, ou apenas de telespectadora.
Já tem tantos por aí... Como se aglomeram treinadores anônimos da seleção de 04 em 04 anos...
Mas, tenho que admitir que fui fisgada pela inteligência de algumas pessoas que são comandadas por duas (os grandes dois dos três B's do sucesso): Boninho e Bial.
Não estou aqui analisando a capacidade jornalística desses, mas, cada um na sua, a capacidade de "prender" milhões de pessoas em um país que, sabemos, é pobre em educação, mas, rico em cultura, em frente a uma tv todos os dias, com atenção especial às terças, quintas e domingos.
E sei, percebo que, mesmo na tv aberta há variedade, todos os gostos. Sem falar em rádio, livros, revistas, internet...
Mas, eles querem é saber quem será o próximo líder, quem vai sair.
Me percebo, a cada dia, a observar, analisar, repudiar e admirar os comportamentos. São os nossos comportamentos. Ou você nunca se estressou com alguém com quem convivia? e gritou (Independente se ele é magro ou negro, branco ou gordo, gay ou viciado em internet, nerd ou baladeiro)... Ou nunca bebeu demais e deu bafão numa balada? Ou nunca beijou alguém por carência? Nunca Ficou indignado com injustiça, egoísmo, com pessoas que passam por cima de outras a todo custo pra conseguir a maior parte na divisão do dinheiro com a venda da casinha que tua avó deixou de herança, ou pra subir de cargo na tua empresa? Ou nunca morreu de rir com um amigo dançando desajeitado?
Coincidentemente, eu estava no país onde se passou o 1° Big Brother da história e, acreditem, mesmo sem entender o idioma no momento, vi pessoas se degladiando, se adorando em 10 minutos, se detestando em 20 e saindo amigas no final...
Não é o Brasil que não tem escolha. São os seres-humanos, as pessoas que gostam de ser ver representadas. E o Big Brothet faz isso. E o BBB 10, com genialidade.
Cheiros!
Monika Souza.