Eu não queria magoar você
Foi ciúme, sim
Fiz greve de fome, guerrilhas, motins
perdi a cabeça, esqueça...
OPA! Não dá!!!
Sabe aquele ditado tão clichê quanto correto de que "quem bate, esquece e quem leva, não"? Pois é...
Ciúme é uma droga, e uma delícia, assim, ao mesmo tempo. Palavras de bipolar? NÃO! Palavras de quem já deu e levou muitas cabeçadas por causa desse danado. E palavras de uma ciumenta crônica. Ohhhhhh! Sim, sou ciumenta! E insegura. Mas justa. E treino, diariamente, a coisa de não ver cabelo em ovo. Porque acho que não tem nada mais insuportável num relacionamento do que sentirmos que quem amamos não confia em nós. Tanto quanto é péssimo não conseguir confiar em quem amamos, em quem queremos na nossa vida. Sempre digo que sentimentos são inevitáveis: não amamos ou detestamos se e quando queremos. Controlar sentimentos, sinto muito, é impossível! Mas, atitudes, aí já é mais fácil.
Sempre tem um amigo ou outro, ou paquera, ou conhecido que empertiga o peito e brada que não tem ciúme de jeitooo nenhum no mundo inteiro, na vida inteira, no coração inteiro. Me perdoem discordar, mas, não acredito que isso seja possível. O que acho é que tem gente que consegue controlar bemmmm mais que outras. Ou que ainda não encontrou o amor que desperte esse sentimento. Não acho nenhuma glória ou qualidade em não ter ciúmes. O ciúme pode sim, ser positivo: quando demonstra o medo de perder quem ama, quando demonstra a insegurança de não ter mais aquela pessoa que nos é tão importante. E quando demonstra a humildade de dizer (ainda que em silêncio): "eu não quero te perder, eu não quero viver sem você..." . E quem não gosta de saber que aquele ser que é alvo de sua paixão sente o mesmo?
Como não acho nenhuma glória ou qualidade em ser ciumento, quando isso é exagerado. Insegurança, medo de perder, valorização do objeto amado, ok, positivo, necessário. Já a desconfiança, a 'picuinha', a possessividade, passam longe do amor. Tem a ver com orgulho, com egoísmo, co egocentrismo. Você tem certeza de que quer ao teu lado uma pessoa "transformada" em quem não é, só para não te desagradar? E, consequentemente, infeliz? Eu não consigo conceber manter na minha vida alguém em quem eu não confio. Qual a lógica disso? Que graça tem viver uma vida de agonia? Assim como, hoje em dia, não aceito sob nenhuma hipótese, estar com quem não confia em mim como pessoa, quem não confia no meu caráter. Simplesmente não conseguiria. E nem quero conseguir. Não quer confiar em mim, não me serve. É tão simples: Se não "presto" como ser humano, o que quer comigo? Por mais que isso possa doer e ser difícil, não aceite a desconfiança de caráter. Não faça isso com tem coração, não jogue teu amor próprio e tua dignidade no ralo. Você, seja lá quem e como você for, é maior que isso!
E falando sobre dignidade, também é tão dolorido quanto ridículo o casal (ou irmãos, pais e filhos, amigos) que se xingam, se ofendem, se maltratam na hora da raiva, da cabeça quente. Aí depois passa e estão os dois se "lambendo". Aí vem outro estresse e começa de novo esse ciclo de ofensas, infantilidade, maus tratos, de dor. E, acreditem, a dor na alma é bem mais avassaladora que a física. E é lá, na alma, onde ficam cravadas as palavras e atitudes que espetamos "sem querer".
PS 1: Não façam isso nas redes sociais, é ainda mais ridículo, pra vocês mesmo!
PS 2: Não provoque ciumes achando que isso vai aproximar teu (a) amado (a). Se ele (a) for um tico mais esperto (a) que você, o tiro vai sair pela culatra lindamente. E você vai ficar solteiro (a) se entupindo de chocolate e se lamentando nas redes sociais. O que é ridículo, lembra?
PS 3: Não façam joguinhos pra atrair a atenção do outro, se ele tiver o minimo de maturidade, você vai se lascar. E merecidamente.
PS 4: Se você fizer "joguinho", ciuminho, picuinha e isso funcionar, ambos são ridiculamente imaturos e vão se lascar pra caramba na vida, merecida e separadamente.
E, convenhamos, salvo algumas exceções medíocres, se uma pessoa está com a gente, é porque ela quer, ela decidiu.
Eu sempre fui "pavio curto". Achava que falar o que penso a qualquer custo era sinônimo de sinceridade. Até começar a afastar as pessoas. E isso começar a incomodar, doer. E doeu. E as culpei. Mas o crescimento da dor gerou amadurecimento e me ensinou que essa "culpa" era e devia ser apenas minha. Posso sim falar o que penso, desde que como, desde que não ofenda, desde que não maltrate. E foi aí, na dor, que me convenci, assim, na marra de que tinha que aprender a "engolir o choro", manter o respeito e, se não conseguisse na hora, deixar o sangue esfriar e conversar, resolver, com calma e justiça. Se até nas discussões conseguirmos manter esse respeito, conseguirmos manter o amor, mesmo que as coisas não se resolvam como desejamos e essa pessoa resolva sair da nossa vida, ela irá, mas com as melhores lembranças e impressões sobre nós.
Por que sabe, "quem bate, esquece. Já quem leva... "
Cheiros!
Ah, PS 05: Já fiz um bocado dessas coisas aí na vida. Acreditem, só perdi!
Monka, adorei o texto! Sei que prometi li ontem à noite, mas só consegui agora. O importante é que eu li né? rsrsrsrsr... E ainda me identifiquei em várias partes. Se bem que acho difícil alguém não se identificar em, pelo menos, uma parte.
ResponderExcluirParabéns!!!
Bjussssssssss